A dor física é geralmente mais aceitável socialmente do que a dor psíquica. A prova disso é que a maioria de nós consulta com mais frequência os médicos e naturopatas do que os psicoterapeutas ou os psicanalistas. Não que nosso sofrimento afetivo seja menos real, mas, como o aceitamos com dificuldade, tendemos a recalcá-lo em vez de escutá-lo. A consequência é que nosso próprio mundo interior nos é desconhecido. Sendo assim, ele influencia nossas ações, escolhas, decisões e reações sem que saibamos. Nosso coração sofre em silêncio e suas feridas crescem a cada dia porque elas não são ouvidas nem identificadas. Como identificar nossas feridas do coração nesse magma de transtornos interiores completamente irracionais? Como elas formam um todo complexo no interior de nosso psiquismo, a consciência racional precisa identificá-las para encontrar meios de aliviá-las. SOBRE O AUTOR: Colette Portelance ensina no Centro de Relacionamento de Montreal Aid (CRAMMD) e na Escola Europeia (FEI) em Paris. Ela criou sua própria abordagem para relacionamento de ajuda, a Abordagem Criativa Não Diretiva®. Este método é baseado em três pilares: a integridade do terapeuta, comunicação autêntica e poder transformador do aqui e agora. Ela é autora de muitos livros nessa área.