Em Educação e emancipação são reunidos ensaios arrebatadores e atuais de Theodor W. Adorno, considerado um dos intelectuais mais influentes e brilhantes deste século.
Os grandes desastres ocasionados pelo nazismo e pelas ditaduras levaram o pensador a valorizar a importância dos sistemas educativos na construção de sociedades democráticas.
Assim, em Educação e emancipação, o autor constata como a formação pode conduzir à barbárie e à dominação, algo que o nazismo revelou ao propagar nas instituições escolares uma “falsa cultura”, que impedia o pensamento crítico.
Uma das principais questões que o filósofo se pergunta é como este mundo, tão desenvolvido científica e tecnologicamente, pode ter ao mesmo tempo tanta miséria. Prestar atenção ao que acontece no mundo obriga a entender a formação das pessoas e analisar o papel tanto das instituições de ensino como dos meios de comunicação.
Neste livro, que reúne vários textos de Adorno, o filósofo faz uma reflexão acerca de diversas questões, analisando o efeito das mídias na educação da população e sua importância para a formação de uma sociedade mais livre, pensando sobre o papel dos professores nesse processo e indicando como estratégias de educação podem levar a um caminho de barbárie.
Esses textos revelam o interesse de Theodor W. Adorno pela dimensão emancipatória que deve promover educação, cultura e ética destinadas à formação de pessoas democráticas.
Com esta obra, o filósofo reafirma sua importância na discussão de temas em favor da cultura e contra a ""falsa cultura"". Contrariando a imagem de um pensador denso e de difícil acesso, reúne ensaios arrebatadores e atuais, como “O que significa elaborar o passado”, considerado uma verdadeira aula de dialética, além de textos como “A filosofia e os professores”, “Tabus acerca do magistério”, “Televisão e formação”, “A educação contra a barbárie”, entre outros.
" SOBRE O AUTOR:Theodor W. Adorno foi filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor alemão com descendência judaica. Nasceu em Frankfurt, em 1903, e emigrou para os Estados Unidos em função das perseguições nazistas aos judeus e socialistas na década de 1930. Após o fim da Segunda Guerra, retornou à Alemanha e passou a fazer parte da Escola de Frankfurt, voltada aos estudos de pensamentos filosóficos e sociológicos e à pesquisa social, de cunho marxista. Publicou, em 1947, juntamente com Max Horkheimer, a obra Dialética do esclarecimento, na qual passou a utilizar o conhecido termo “indústria cultural”. Foi um grande estudioso da mídia norte-americana, analisando a “indústria cultural” como uma mercadoria e a domesticação dos consumidores. É um dos pensadores que tinha preocupação com a identidade do homem contemporâneo e com as amarras quase invisíveis do poder econômico.