ESTE LIVRO NÃO ENSINA NINGUÉM A SER FELIZ.
Tampouco a viver momentos de felicidade. Também ficarei devendo alguma fórmula para medir ou simplesmente diagnosticar a felicidade própria ou alheia. No entanto, ao longo das páginas, aqui e acolá, pode haver algum prazer. Uma satisfação decorrente da graça de uma ideia, da pertinência de algum exemplo.
Ao afirmar que a felicidade é inútil, não sugiro que ela não tenha valor. Que seja ruim. Que não valha a pena persegui-la ou entender do que se trata. Pelo contrário. O inútil pode ser bom. Não prestar pra nada pode indicar uma preciosidade inestimável. O bem supremo.
Aqui você se coça:
– Como assim? Onde pode estar o valor de uma coisa que não presta pra nada?
Se esse questionamento não lhe interessa, se o que você espera da leitura de algo com “felicidade” no título não coincide com o que este livro promete, melhor recolocá-lo na estante.
Agora, se a ideia de uma coisa inútil ser preciosa desperta uma inquietação em você, vá para o caixa.
SOBRE O AUTOR: Doutor e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. É autor de vários livros sobre ética, felicidade, autoconhecimento e valores. Palestrante que cativa as mais diversas plateias sem o uso de aparatos tecnológicos. Recorrendo a exemplos do cotidiano e histórias divertidas, ensina conteúdos densos de maneira leve e fascinante.