A obra de um dos mais importantes romancistas de língua inglesa começa a ser reeditada pela L&PM em 2006. O primeiro lançamento da série, O fator humano, é um trabalho da maturidade de Graham Greene, mestre em contar histórias de espionagem que valorizam não só o cenário político da época - na maioria das vezes, a Guerra Fria - como também o caráter e os dramas morais dos personagens retratados na trama. Ainda este ano, outros dois livros do escritor chegarão às livrarias: O terceiro homem e Nosso homem em Havana. Em O fator humano, Maurice Castle é um agente britânico que trabalha no Ministério das Relações Exteriores, em Londres, e que está prestes a se aposentar. Acostumado à burocrática rotina de escritório, o agente se vê envolvido em uma trama de suspense quando algumas de suas ações do passado vêm à tona: anos atrás, ao cumprir uma missão na África do Sul, Castle acabara se envolvendo com a Inteligência russa e, em troca de ajuda, passou a entregar informações para os inimigos. Graham Greene (1904-1991), que foi ele próprio agente do Serviço Secreto Britânico durante a Segunda Guerra Mundial, narra como ninguém as ambigüidades que rodeiam uma história de espionagem, com uma prosa elegante e um estilo que alçaram o gênero a um novo patamar literário. O escritor nasceu na Inglaterra e formou-se na Oxford University. Começou a carreira como jornalista, trabalhando como repórter e subeditor do Times. Em 1926, Greene se converteu ao catolicismo, que iria marcar profundamente a sua obra. Publicou contos, peças e inúmeros romances, entre os quais O Expresso do Oriente (1932), O Poder e a glória (1940), Fim de caso (1951), O Americano Tranqüilo (1955), Nosso homem em Havana (1958) e O cônsul honorário (1973).