Edição de bolso da obra clássica de Hermann Hesse, autor premiado com o Nobel de Literatura.
Em O lobo da estepe, Harry Haller é um homem de 50 anos que acredita que sua integridade depende da vida solitária que leva em meio às palavras de Goethe e as partituras de Mozart; um intelectual tentando equilibrar-se à beira do abismo dos problemas sociais e individuais, ante os quais a sua personalidade se torna cada vez mais ambivalente e, por fim, estilhaçada.
A primeira parte de O lobo da estepe trata do pesadelo do lobo Haller, de sua depressão e de sua incapacidade de se comunicar que está na base da crueldade e da autodestruição. Na segunda parte, o lobo se humaniza, através da entrada em cena de Hermínia, que tenta reaproximá-lo do mundo, no caso uma comunidade simplória, com salas de baile poeirentas e bares pobres.
“Romance célebre sobre o que pode afligir a alma humana e também uma crítica cruel à sociedade burguesa.” - The New York Times
“O lobo da estepe é tão genial quanto Ulisses, de Joyce.” - Thomas Mann
“A história de O lobo da estepe é, sem dúvida alguma, de sofrimentos e necessidades, mas mesmo assim não é um livro de um homem em desespero, mas o de um homem que crê. Embora trate de enfermidade e crise, não conduz à destruição e à morte, mas, ao contrário, à redenção.” - Anders Österling, trecho do prefácio da edição sueca de 1932
" SOBRE O AUTOR:Hermann Hesse começou a carreira literária aos 21 anos, quando publicou suas primeiras poesias. A chamada "primeira fase" do escritor se estende até Knulp (1915), produzindo nesse período romances de grande valor, como Peter Camenzind (1904), Gertrud (1910) e Rosshalde (1914). Demian foi publicado logo depois da Primeira Guerra Mundial, em 1919. Em protesto contra o militarismo germânico, Hesse era então um residente permanente da Suíça e sem dúvida figurava ao lado dos maiores nomes da literatura em idioma alemão. A profunda humanidade e a penetrante filosofia que impregnam seus livros foram confirmadas em obras-primas que produziu posteriormente, entre outras Sidarta (1922), O lobo da estepe (1927) e Narciso e Goldmund (1930), que, com seus poemas, contos e um considerável número de trabalhos de crítica valeram-lhe um lugar muito especial entre os pensadores contemporâneos. Em 1946 ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Hermann Hesse faleceu em 1962, pouco depois da passagem do seu 85º aniversário.